Resumo de História – Prova Bimestral
è Aula 13 – Problemas com a economia
A situação
econômica no mundo se modificou: a Europa, que detinha o poder econômico sobre
os demais países passa então esse poder aos EUA.
Os EUA
passam então à emprestar dinheiro para a Europa afim de ajudar a reconstrução
dos países europeus e a produzir e vender uma quantidade maior de produtos para
os mesmos.
No fim da
década de XX, no entanto, os EUA entram num crise de superprodução. Haviam
muitos produtos sendo produzidos para a Europa que, com o dinheiro empresta,
estava se reconstruindo e produzindo seus próprios produtos, parou de comprar
estes. Isso gerou a quebra da maioria das empresas Norte-americanas em 1929,
conhecida com “a grande depressão”.
Havia então
nos EUA muitos desempregados. O presidente recém –eleito em 1933, Roosevelt,
colocou em pratica o “New Deal”,
política econômica do governo americano que visava controlar a produção
agrícola e industrial e criar novos empregos com obras publicas.
- O Brasil e
a crise
Na segundo
década do século XX, a economia norte-americana passou a ter muito mais
participação no Brasil, ocupando o espaço desfrutado pela Inglaterra. Os
norte-americanos eram os principais
consumidores de nossas exportações de café. A queda da Bolsa produziu a
imediata queda dos preços do café.
A economia
brasileira então, por ser tão dependente do mercado mundial e de suas relações
comerciais com os EUA, sofreu um enorme impacto. O crash da Bolsa de Nova Iorque levou diversos fazendeiros à
falência. Como o café era o principal produto do conjunto da economia
brasileira, a grise agravou-se.
- A crise de
1930
No Brasil,
havia insatisfação gerada pelo fato de que dois candidatos paulistas se
seguiram na presidência do país. Isso atendia aos interesses do setor cafeeiro,
que havia sofrido com a Crise de 1929.
Minas
Gerais, junto com o RS e a Paraíba, criam a Aliança Liberal, apresentando como candidato Getúlio Vargas.
As camadas
médias urbanas, o operariado e até mesmo os setores oligárquicos sentiam-se
desfavorecidos em um governo que defendia tão intensamente os interesses do
café.
As eleições,
no entanto, deram a vitória à Julio Prestes. O resultado não agradou a todos e
muitos conspiravam para impedir a posse do presidente eleito. Então a Revolução
de 30 teve seu estopim, numa combinação de razões políticas e pessoais. A
revolução enfrentou pouca resistência, e conseguiu que a Primeira República
chegasse ao fim.
è Aula 16 – A ascensão do fascismo
O contexto
de crise econômica e de descrédito no Estado liberal existentes durante o
período entregueras abriu caminho para o surgimento de movimentos e regimes de
extrema direita, genericamente chamados de fascistas.
Ascensão
nazifascista:
·
1919
– República de Weimar
·
1921
– Criação do Partido Nacional Fascista
·
1922
– Marcha sobre Roma
·
1923 – Tentativa frustrada nazista de
tomar o poder, o Putsch de Munique
·
1924
– Vitória eleitoral dos fascistas
·
1933 – Hitler assume o poder na
Alemanha como Chanceler
·
1934
– Morte de Hindenburg
O fascismo
tem como características:
·
Nacionalismo
exagerado;
·
Aspirações
imperialistas;
·
Caráter
antiliberal e antidemocrático;
·
Identificação
entre Estado e Nação;
·
Defesa
do Estado forte como condição para garantir o bem público e a coesão nacional;
·
Colocação
dos interesses nacionais acima dos individuais;
·
Militarização
da sociedade.
- O fascismo
italiano
Após a
Primeira Guerra Mundial, a Itália mergulhou numa grande crise. Sua economia
sofria com as consequências da guerra. A agitação social gerava revolta: as
fábricas eram ocupadas por trabalhadores, as terras eram tomadas e defendia-se
a reforma agrária.
O comunismo
era visto como grande ameaça pelas classes dominantes. Surgiu então um gripo de
direita que se oferecia como solução para acabar com a crise, impedir o avanço
do comunismo e restaurar a dignidade do país a partir de um regime forte: o fascismo.
Mussolini
fundo em 1919 o feixe de combate, movimento político nacionalista, antiliberal e anticomunista, que foi o núcleo
inicial do Partido Fascista Italiano.
Em 1922, ocorreu a “Marcha sobre Roma”, em que Mussolini e seus
“camisas-negras” fizeram sua primeira demonstração de poder.
O fascismo
chegava ao poder. Nas eleições de 1924, o Partido Fascista obteve 65% dos votos
e formou a maioria do Parlamento Italiano. O pais passou então a viver sob uma
monarquia parlamentarista.
Mussolini,
em 1925, tornou-se o ditador absoluto da Itália, o Duce, a partir do momento em que o Senado e a Câmara foram
extintos.
- O fascismo
no poder
O fascismo
caracterizou-se como uma regime totalitário. Ocorria a militarização da
sociedade, exaltava-se o culto à pátria, a preparação para a guerra, o
nacionalismo e o expansionismo. O Estado e a Pátria vinham acima de tudo. O
fascismo, porém, era conhecido mais por ser antidemocrático, antiliberal e
anticomunista.
Na época,
houve a implantação de um regime corporativista, pelo qual se pretendia atingir
a “conciliação entre as classes”. As corporações substituíram os sindicatos, e
cada corporação era formada por representantes patronais e de trabalhadores do
mesmo ramo produtivo. Elas passaram a formar um colegiado composto de
representantes dos patrões, do governo e dos trabalhadores.
O regime
fascista preocupou-se em modernizar e dinamizar a economia. Aumentou a produção
agrícola e a oferta de emprego.
O fascismo
apresentava-se como uma solução alternativa ao socialismo e ao capitalismo.
Entretanto, a feição totalitária do regime tornou-se evidente, levando
simpatizantes ao distanciamento.
è Aulas 17/18 – O nacional-socialismo
- A
república de Weimar
Após a
Primeira Guerra Mundial, a Alemanha sofria com sua economia arrasada e as
agitações populares. No ano seguinte, o parlamento decidiu elaborar uma nova
Constituição. Instalava-se um governo socialdemocrata.
A
organização do novo regime não foi capaz de acalmar os alemães. A crise
econômica continuava, assim como as agitações sociais. Vivia-se um período de
grande instabilidade política, com tentativas de golpes. Os operários davam
curso a movimentos reivindicatórios.
Em meio a
esses problemas, viveu-se um período de intensa atividade artística e cultural.
- O nazismo
chega ao poder
Na década de 1920, a Alemanha começou a
emprestar capitais, especialmente dos norte-americanos, o que produziu uma
relativa recuperação em sua economia. Os grupos revolucionários foram
combatidos. Diminuía então a preocupação dos setores burgueses da sociedade com
a ameaça das esquerdas e garantiu-se alguma estabilidade.
Entanto, a
Crise de 1929 mudou isso. Os capitais foram retirados e os problemas econômicos
voltaram. A questão social voltou a preocupar. Essa situação beneficiou os
grupos de direita, que ofereciam soluções para conter a crise do Estado.
As forças
conservadores e nacionalistas se juntaram no Partido Nacional Socialista, ou nazista. Em 1921, o comando desse partido passou para Adolf Hitler,
que o fez crescer e se tornou um de seus principais líderes.
Em 1923, os
nazistas tentaram pela primeira vez tomar o poder com um golpe de Estado, o Putsch de Munique. Não obtiveram
resultado e Hitler foi preso. Após sua prisão, Hitler lançou seu livro. Nele,
já aparecia o ódio que Hitler tinha pelos judeus. A justificativa apresentada
para suas intenções seria a necessidade da Alemanha de ampliar seu território
de forma que nele ficassem apenas os povos germânicos.
Nas eleições
de 1930, os nazistas assumiram a maioria do parlamento. O Marechal Hindenburg,
que ganhou a presidência em cima de Hitler, chamou este para o cargo de chanceler. Com isso, em 1933, os
nazistas chegavam ao poder.
Começava uma
ditadura. Os nazistas incendiaram o parlamento alemão, acusando os comunistas
de serem os responsáveis, eliminando assim eles do caminho.
O poder de
Hitler aumentava. Apenas o partido nazista havia sobrado. Com a morte de Hindenburg
em 1934, Hitler assumiu a presidência, tornando-se assim o único guia, o Fuhrer.
- A
ideologia nazista.
O nazismo
apoiava ideias nacionalistas e racistas. Queriam construir a Grande
Alemanha sob o comando da raça ariana.
Os nazistas
aproveitaram o sentimento de superioridade alemã pela raça para melhorar a
autoestima do povo humilhado pela derrota na guerra. O racismo dirigia-se
especialmente aos judeus, que eram considerados bodes expiratórios.
O nazismo
foi um regime que contava com grande apoio popular. Sua figura confundia-se com
a do Estado e seu poder estava acima da sociedade.
- A guerra
como solução
A economia
sob o nazismo teve sinais de recuperação. Começava a preparação para a guerra.
Esta era defendida por grupos industriais. Para eles, a guerra seria uma oportunidade
de expansão econômica, pois haveria mais terras para explorar.
è Aulas 19 /20 – A Segunda Guerra
Mundial
- O inicio
do conflito
Após a
Primeira Guerra, os países europeus, em ruínas, enfrentaram sérios problemas,
ainda mais agravados com a crise de 1929. Sem os capitais norte-americanos, a
situação do continente piorou.
O
crescimento de grupos de esquerda era visto como ameaça pela burguesia
europeia.
Na Itália e
na Alemanha, surgiram o fascismo e o nazismo. Esses regimes totalitários
revelaram sentimentos nacionalistas que encobriram uma política de expansão
territorial.
A crise
econômica na Europa, junta com as condições previstas no Tratado de Versalhes,
deixavam os países perdedores da guerra bastante descontentes. A Alemanha
sentia-se humilhada, e a Itália julgava que os territórios que ganhou com o fim
da Primeira Guerra não eram suficientes.
O grande
capital industrial apoiava as intenções expansionistas, pois os interessava
conseguir novas fontes de matéria prima e novos mercados.
Fora da
Europa, também havia muita tensão. O Japão dava curso as suas pretensões
imperialistas e, em 1931, invadiu a China. A Liga Das Nações, que deveria
evitar conflitos, nada fez. O frágil equilíbrio mundial não demoraria a ser
rompido.
Com a
ascensão de Hitler ao poder, a Alemanha passa a se preparar para a guerra,
ignorando as determinações de Versalhes. Hitler defendia abertamente a construção
do Império alemão mediante submissão de outros povos.
Em 1936, a
Alemanha já dispunha de milhares de soldados e um crescente desenvolvimento na
marinha e aeronáutica. Os números de armamentos cresciam com sua produção em
ritmo acelerado.
A Alemanha
começa então a invadir alguns países Europeus. A insegurança crescia na Europa.
Em meio a esses acontecimentos, Hitler e Mussolini formam uma aliança em 1936,
firmando o Eixo Roma-Berlim. As nações liberais permaneceram neutras, embora o
ditador nazista não escondesse suas intenções.
Stálin,
líder da URSS na época, fez um acordo com a Alemanha, no qual constava a não
agressão de seu país e um clausula secreta: após conquistada, a Polônia seria
dividida entre essas duas potencias.
Em 1º de
Setembro de 1939, a Alemanha invade com cinco exércitos a Polônia. Começava a
Segunda Guerra Mundial.
- O mundo em
guerra
Após a
invasão da Polônia, a França e a Inglaterra tentaram evitar o confronto físico
tentando derrotar a Alemanha com um bloqueio econômico, mas, no entanto, a
guerra foi inevitável.
No inicio o
conflito aconteceu apenas no território europeu, tornando-se mundial com o
apoio das posses coloniais inglesas e de outros países do mundo. No começo, a
Alemanha vencia, tendo conquistado vários territórios, inclusive a França, que
foi ocupada e dividida pelos alemães em 1940. A Inglaterra resistiu e
manteve-se em combate durante toda a guerra.
A definição
dos países que estavam em guerra só foi concluída após a invasão da URSS pelos
alemães em 1941 e também depois do ataque japonês à Pearl Harbor, onde havia
uma base norte-americana, levando os EUA a entrarem na guerra.
A partir
daí, estabeleceram-se dois blocos: de um lado, o Eixo, considerado o agressor e composto por Alemanha, Itália e
Japão, e do outro, os Aliados,
representando os defensores e liderados pela Inglaterra, EUA e URSS, com mais
25 outros países.
- A grande
virada
Em 1942, os
aliados começam a deter o avanço da Alemanha e passam para a ofensiva. Após a
entrada dos EUA e da URSS, o conflito se desequilibrou para o lado dos aliados.
O Japão e os
EUA disputavam territórios no Pacifico antes mesmo do conflito. Em dezembro de
1941 os japoneses atacaram Pearl Harbor, precipitando a entrada dos EUA na
guerra. Antes disso, o presidente dos EUA já havia estimulado a produção de
armamentos, visando uma participação no conflito mundial.
O acordo de
não agressão feito ente a Alemanha e a URSS foi rompido quando, não havendo
acordo quanto à uma possível divisão de territórios entre os dois países,
Hitler invadiu a URSS. A reação dos soviéticos foi intensa. Para que o inimigo não se
aproveitasse de nada, no território soviético foram destruídas as fabricas e
transferidas para a retaguarda.
Conforme
perdia terreno, a Alemanha intensificava sua dominação nos países ocupados. A
violência racial aumentava e os campos de concentração se multiplicavam.
Em 1944, a
França foi libertada. Em junho de 1943, os aliados começaram a penetrar na
Itália através de Sicilia, impondo varias derrotas aos fascistas. As tropas
alemãs sediadas na Itália central continuaram a luta até abril de 1945. Nesse
mês, Mussolini morreu ao tentar fugir para a Suíça.
Cercado por
todos os lados, Hitler refugia-se em seu bunker
em Berlim, onde ates de se render, suicida-se com sua amante. A Alemanha fora
finalmente vencida.
- O saldo da
guerra
Devido à
abrangência do conflito e também por causa das perdas humanas e materiais que
causou, a Segunda Guerra Mundial superou a anterior. O extermínio em massa de
judeus em campos de concentração nazistas é um dos maiores crimes já realizados
contra a humanidade. Também não se pode esquecer o lançamento da bomba atômica.
A guerra já estava vencida, o objetivo dos norte-americanos era demonstrar sua
força, especialmente para a URSS. Esse atentado é considerado não apenas o
final de uma guerra, mas o começo de outra: a Guerra Fria.
è Aula 21 – Discutindo a História: o
genocídio nazista.
A Segunda
Guerra Mundial produziu um dos maiores genocídios do século XX. Estima-se que
cerca de seis milhões de judeus morreram. Os judeus foram alvo de discriminação
e leis restritivas. Em 1941, deu-se curso à solução final, plano de extermínio
em massa dos judeus encaminhados para os campos de concentração.
As denuncias
sobre o que ocorria na Alemanha começaram então a aparecer, mas não causaram o
impacto esperado. Só em 1945, com a chegada dos norte-americanos, a opinião
publica mundial foi informada sobre a existência dos campos.
è Aula 22 – Uma Nova Conjuntura
Mundial.
O fim da
Segunda Guerra Mundial trouxe a tona um cenário de devastações e desrespeito
aos direitos humanos.
Com a Europa
enfraquecida após as duas Guerras, Londres, Paris e Berlim deixaram de ser os
principais centros de decisão político-econômica. O mundo tornou-se bipolar.
- A
reorganização da Europa
Antecipando
a vitoria dos países aliados, o primeiro-ministro inglês, o presidente dos EUA
e o líder soviético reuniram-se na cidade de Ialta, onde foram fixadas as zonas
de ocupação que as tropas aliadas teriam na Alemanha e na Áustria. Era a
Conferencia de Ialta.
As
deliberações de Ialta foram reafirmadas após a rendição alemã, durante um
encontro político realizado na Alemanha entre 17 de julho e 12 de agosto de
1945.
CONFERÊNCIA DE POTSDAM
|
Local:
subúrbio de Berlim
|
Participantes:
• Clement Attlee (Inglaterra);
• Harry
Truman (EUA);
• Josef Stálin (URSS).
|
Sanções
impostas à Alemanha:
• Extinção do
Partido Nazista;
• Desmilitarização
da Alemanha;
• Indenização
de guerra a ser
paga pelos
países aliados;
• Divisão da
capital Berlim.
|
- O projeto
de reconstrução europeia
A rendição
alemã não determinou o fim da guerra. O conflito continuou no Pacifico, entre
norte-americanos e japoneses, até agosto de 1945. O término da conferencia
coincide com a rendição japonesa, após o lançamento das bombas atômicas.
Ficou
evidente a superioridade dos EUA em armamento e Stálin afirmava que o
equilíbrio mundial havia sido destruído.
Estabelecia-se
assim a doutrina Truman, que
oficializava a divergência entre os EUA e a URSS no contexto da Guerra Fria.
Na perspectiva de contenção do
avanço dos regimes socialistas e comunistas na Europa, foi criado o Plano
Marshall, que aplicou cerca de 17 bilhões de dólares nos países Europeus.
Nenhum país do bloco socialista aceitou essa ajuda.
- Uma crise em Berlim
Em resposta às propostas dos países
aliados, a URSS, que controlava a rede ferroviária de Berlim, decretou o
bloqueio de suprimentos para os aliados. Durante onze meses a capital foi
abastecida por ponte aérea. Em 1949, o bloqueio foi suspenso, mas provocou a
divisão da Alemanha em:
• Republica Federal Alemã,
capitalista;
• Republica Democrática Alemã,
socialista.